Preparamos com todo carinho, um guia de como se comunicar de forma efetiva, empática e respeitosa!
Para aliades da luta contra a trasnfobia, a adoção de um vocabulário amplo e despreconceituoso é uma atitude importante. Algumas expressões, frases e até vícios de linguagem, precisam ser deixados de lado de maneira definitiva pois por mais que as vezes possa ser dito de maneira despretenciosa, podem soar tamanha indelicadeza e ofensa.
“Ah, mas você nem parece trans.”
“Você já fez a cirurgia?”
“Nossa como você é linda(o), nem parece trans.”
É importante ressaltar alguns conceitos básicos das questões de gênero. A identidade de gênero é a forma como uma pessoa se enxerga, seja como mulher, homem ou outra denominação dentro das variantes de gênero. Certos comentários, desvirtuam essa identidade, desinvalidam.
Nunca se deve questionar a identidade de gênero de alguém, nem dizer que uma pessoa trans é tão bonita que ‘nem parece trans’, por exemplo, que ao invés de geralmente ser direcionado como um elogio, trata-se na verdade de uma grande ofensa. Para pessoas que dizem isso, subentende-se que ser trans é feio. Que a pessoa trans só pode ser considerada bonita, caso se pareça com uma pessoa cis. A transgeneridade é um fator diferencial em meio a infinitas interseções e variações do que é ser um homem ou uma mulher. Mulheres trans SÃO mulheres. Homens trans SÃO homens.
Não se pode ferir a existencia de um corpo trans com todas as suas singularidades e perfeições tal qual qualquer outro corpo cis ou não.
Outro ponto a ser observado é o cuidado ao empregar a palavra “travesti” que sempre seve ser acompanhada do artigo feminino “A”. A forma correta é A TRAVESTI, visto que toda travesti é uma mulher travesti.
O bom senso deve sempre prevalecer e independente do que se diz, a intenção do que se fala é o mais importante. Quando a intenção é ofender, até um “eu te amo” pode ser fácilmente ofensivo.
Obviamente, partindo dessa ideia, perguntas relacionadas a genitália, aos órgãos sexuais, costumam ser extremamente invasivas e desnecessárias visto que geralmente não se faz esse tipo de pergunta a qualquer pessoa.
“Como era seu nome antes?”
“Tem fotos antigas? Posso ver?”
“Você mija em pé ou sentada?”
Um pouco de empatia já evitaria dor. Antes de verbalizar qualquer um desses exemplos ofensivos, pare, pense em como se sentiria se você fosse aquela pessoa. Não precisa ser complicado, é respeito e só. Sobretudo, basicamente não se deve falar para uma pessoa trans, qualquer coisa que você não falaria pra qualquer outra pessoa. A nossa luta é por respeito, visibilidade e empatia. Lutamos por sobrevivência numa sociedade que nos fere e nos mata todos os dias. Seja você a diferença, ensine seu próximo, vamos mudando aos poucos essa realidade pra que um dia possamos alcançar a igualdade. Somos humanos, somos iguais e nossas singularidades não nos tornam mais nem menos especiais e dignos de respeito.
Compartilha com os amigues, vamos espalhar liberdade!